terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Revista do Rádio n. 629


Capa da Revista do Rádio n. 629

Revista do Rádio n. 663, junho de 1962

CASAMENTO DE CELLY CAMPELLO FEZ SÃO PAULO PARAR

O Santuário do Sagrado Coração de Jesus, perto do Palácio dos Campos Elíseos, em São Paulo, foi pequeno para conter a multidão que ali se comprimiu para ver o casamento de Celly Campello. A igreja estava superlotada e muita gente se espalhava pela praça fronteira.

Eram 19 horas do dia 7 de maio, quando Celly Campello entrou na igreja, conduzida por seu pai, Nelson Freire Campello. Ao pé do altar a recebeu seu noivo, José Edwards Chacon, que a levou perante o oficiante, cônego Cícero de Alvarenga, pároco da Igreja de Santa Terezinha, de Taubaté. Os padrinhos da noiva: Dr. Antônio de Luca e Dona Odete Campello de Luca, seus tios. De parte do noivo, os padrinhos foram seus tios, Sr. Fausto e Dona Angelina Chacon.

A cerimônia foi linda e a “Ave Maria” foi cantada por Agnaldo Rayol, notando-se a presença de vários artistas e personalidades. Segundo cálculos da família, foram expedidos 1500 convites, tendo comparecido convidados de várias regiões do pais.

Celly trajava belo vestido de “cassa” suíça branca, trabalhada com renda valenciana. Era um modelo princesa, com bolero, a saia alargando em baixo e uma barra de renda tiotada. Foi executada por Dona Noêmia Nader, modista de Taubaté, e consumiu 20 metros de renda valenciana! Celly usava um véu de tule francesa de seda pura, branca. Grinalda em forma de coroa de botões de laranjeira com brilhantes. Levava um buquê de botões de rosas brancos e cor de rosa nas mãos calçadas de luvas brancas de cetim.

O vestido foi feito em Taubaté e foi todo acabado à mão. O preço foi orçado em 300 mil cruzeiros e sua execução tomou mais de um mês. O noivo usava paletó cinza escuro, colete cinza claro, calças cinza riscada e gravata cinza pérola.

A entrar na igreja, Celly Campello foi protegida por uma guarda de honra formada por cadetes da Escola de Oficiais da Força Publica do Estado, da qual a cantora é madrinha e que, após a cerimônia, foram incorporados de levar-lhe um rico presente.

Dois dias antes, no sábado (5 de maio), realizou-se a cerimônia civil em Taubaté, na residência da família da noiva e celebrada pelo juiz. Dr. Antônio de Maria. Os padrinhos de Celly foram seu irmão Tony e a Sra. Lea Benelli Endres (sua tia). Os padrinhos do noivo foram seus avós, Sr. Miguel Chacon Ruiz e Sra. Alexandrina Chacon.

Depois da cerimônia religiosa, realizada em São Paulo, Celly e José Edwards receberam os parentes e amigos na casa de sua tia e madrinha de batismo, Sra. Odete Campello de Luca, que foi, juntamente com seu marido, padrinhos do religioso. Foi uma bela recepção, a qual compareceram muitos amigos, colegas e parentes.

Os presentes oferecidos aos noivos foram em grande quantidade. Parte foi entregue em Taubaté e outra em São Paulo. Entre eles destacam-se o conjunto de malas de couro oferecidas pelos pais de Celly no valor de 60 mil cruzeiros; o faqueiro, que enviou o padrinho de Celly, professor Jorge Campello, e a enceradeira, que foi presenteada pela fábrica de discos Odeon.

Depois da recepção, Celly e José Edwards seguiram em viagem de lua de mel para Campos de Jordão, de onde seguiram para a Fox do Iguaçu. Mais tarde estarão em Buenos Aires. Em sua volta irão residir em Tremembé, cidade que dista seis quilômetros de Taubaté e onde o noivo trabalha como contador da Petrobrás. Morarão numa linda casa, cercada de jardins e um pomar que é quase uma chácara. Sobre sua volta à atividade artística, Celly Campello declarou que não mais pretende fazer excursões. Vai se deter quase que exclusivamente às gravações da Odeon.

A Bela Noiva – Pose exclusiva para a Revista do Rádio

Celly e José Edwards cortam o bolo sob o olhar atento do pai dela

Levada pelo papai ao altar

A benção nupcial

Celly radiante em seu vestido de noiva

Ouvindo atentamente as palavras do sacerdote

O brinde com o padrinho Tony Campello

O beijo enternecido dos pais

O cumprimento do cantor Peri Ribeiro

Olhando os presentes

Um instante de ternura

Revista do Rádio n. 665, junho de 1962


CELLY CAMPELLO EM LUA DE MEL

Depois da cerimônia nupcial, Celly Campello e José Edward Chacon foram gozar a lua de mel em Campos de Jordão. Dali seguiram para uma região que abriga tradicionalmente os recém-casados: Foz do Iguaçu. Aproveitando o tempo, seguiram para Buenos Aires. De volta, vão residir em Tremembé, numa casa que mais parece um castelo. José voltará para os livros de contabilidade da Petrobrás e Celly Campello dividirá o seu tempo entre os deveres de dona de casa e as atividades artísticas, que, felizmente para os seus fãs não abandonará.[1]



[1] Na verdade Celly abandonou as atividades artísticas após o casamento, retornando para participar do Festival de Música Popular de Juiz de Fora MG, em 1972, e para uma temporada, em 1975, na série Cuba-libre em Hi-Fi, da boate paulista Igrejinha. Na década de 1970 gravou um LP e alguns compactos pela RCA Victor e dois compactos pela Continental.

Revista do Rádio n. 666, junho de 1962

PROPAGANDA DOS ENXOVAIS ORNATEX

Assim que recebeu a intimação de Cupido – “Casamento em futuro próximo” – CELLY CAMPELLO não teve dúvidas: PROCUROU Enxovais ORNATEX a fim de preparar-se para o grande acontecimento. Agora, já de aliança na mão esquerda, a feliz estrelinha recomenda Enxovais ORNATEX para todas as noivas. “São enxovais completos e maravilhosos. Reúnem guarnições para mesa, legítimos produtos TEKA, de Santa Catarina, conjuntos superluxo de banho ARTEX e CREMER; cobertores GUARATINGUETÁ, PARAHIBA e TOGNATO de pura lã; lençóis SANTISTA; os mais finos bordados RABAY, do Ceará; guarnições para mesa, produto TUMA e inúmeros outros produtos, cada qual mais útil e lindo. Os preços são de fábrica e as condições vantajosíssimas: a gente mesma faz o plano de pagamentos, em até 18 meses; as mensalidades são depositadas em Banco, na própria cidade da compradora; logo após o pagamento da segunda prestação do carnet bancário, cada uma recebe um sugestivo presente. E ORNATEX distribui 50 MILHÕES em prêmios, através de sorteios mensais.

Celly e o enxoval de casamento

Revista do Rádio n. 723, julho de 1963

CELLY CAMPELLO JÁ É MAMÃE

Celly Campello, a cantora que os fãs chamavam de “Namorada do Brasil”, é hoje a orgulhosa mamãe de uma bela menina chamada Cristiane e que veio ao mundo nos fins de junho. A herdeira da artista nasceu na capital paulista e em vão os repórteres e fotógrafos se esforçaram para colher retratos e detalhes do feliz acontecimento.

Como se sabe, Celly Campello casou-se no dia 7 de maio de 1962, no Santuário do Sagrado Coração de Jesus. Seu esposo não é do mundo artístico e desejou, sempre, que ela deixasse de ser cantora. Com efeito, atendendo aos desejos de José Edward Chacon, a cantora foi deixando a vida artística, dedicando-se ao lar, felicíssimo que ela e ele construíram no interior paulista. O casamento de Celly e José foi inteiramente por amor. E a prova disso é que a cantora renunciou ao sucesso e à fortuna que rendiam seus discos, os preferidos da juventude. Celly preferiu ser dona de casa, cuidando dos filhos – que, assegurou, espera ganhar muitos. Segundo o que apurou a reportagem da REVISTA DO RÁDIO, possivelmente o irmão da cantora, Tony, deverá ser o padrinho da menina – embora os novos vovós, o Sr. e Sra. Campello, estejam também interessados em batizar a netinha.

Celly Campello no quarto com o ursinho de pelúcia


Revista Radiolândia n. 300, janeiro de 1960

O “REI” (DO “ROCK”) ENSINA A “RAINHA”

(DO “ROCK” BALADA)

Num lugar qualquer, em qualquer parte da febricitante São Paulo, a nossa reportagem foi encontrar os já famosos Celly Campello e Itamar Borges, que vai conquistando seu lugar no cinema e que, pela elasticidade impressionante que possui, dá “shows” de “rock”, já merecendo, mesmo, o titulo de “Rei” do famoso ritmo. Ensinava ele a Celly novos passos da dança. Ora, toda gente sabe que Celly, figura encantadora de menina moça, cuja voz tem tem a sonoridade de um rouxinol, é fan do gênero e já declarou, mesmo, a RADIOLÂNDIA que não abandonará o “rock” balada senão quando o publico o exigir. Aceitou, por isso, a sugestão de Itamar Borges para participar do “Grande Festival do “Rock”, promovido por Airton Rodrigues, no Ginásio do Ibirapuera, e exigiu apenas que seu “partner” lhe desse lições de dança. Vai daí, a criadora de “Laços cor de rosa” é, já agora, uma “professora” de “rock”, enquanto Itamar Borges, feliz, está de malas prontas para seguir rumo aos Estados Unidos, onde se aperfeiçoará em direção de revistas e cenografia.

Celly dançando com Itamar Borges

Revista Radiolandia n. 339, novembro de 1960


Celly na Revista Radiolândia n. 339

Celly e Tony na Revista Radiolândia n. 339

Revista Radiolândia n. 340, novembro de 1960


Celly na Revista Radiolândia n. 340

Celly na Revista Radiolândia n. 340

Revista Radiolândia n. 343, janeiro de 1961


Capa da Revista Radiolândia n. 343

CELLY ESTÁ FICANDO RICA COM O ROCK

Mesmo que Celly Campello não fosse simpática e atraente, artista de gênero novo, alegre e contagiante, teria a seu favor o fato de fazer lembrar a muita gente que as crianças existem. Porque Celly foi descoberta, aplaudida e incentivada pela infância e pela juventude. A mesma infância e a mesma juventude que, muitas vezes sem divertimentos próprios, sem música e alegria, encontra a todo o instante censores e vigilantes.

Mas essa mesma juventude soube aplaudir a sua artista, cantou com ela o Estúpido Cupido, dançou o rock e comprou-lhe os discos. E Celly tornou-se um ídolo para a mocidade – personificando a moça estudiosa, da família padrão brasileira, e também a artista que só procura trazer alegria e divertimento com suas canções.

A carreira tem-lhe sido uma ascensão constante: descoberta por Mario Genari Filho em fins de 1958. Trimestralmente lança um disco de sucesso. Assim foi com Estúpido Cupido, Lacinhos cor de rosa, Tunel do amor etc.

Está entre as grandes vendagens de discos da Odeon; seu contrato com a televisão e o rádio, no Rio e em São Paulo, assegura-lhe a média de cem mil cruzeiros mensais. Mas, o ponto alto do faturamento da menina são as viagens, na base de setenta mil cruzeiros cada. E com ela vai sempre o mano Tony, o que vem reforçar o orçamento da família.

Assim, querida em todo Brasil, conhecida na América do Sul (seus discos são muito tocados na Argentina e no Uruguai), Celly Campello, artista que canta para os corações jovens, está ficando rica com o rock.

Celly com o Governador Carvalho Pinto

Almoçando em casa

Celly com uma admiradora e com Chacrinha

Celly dando autógrafos

Celly no clube em Taubaté

Celly com Neil Sedaka

Celly com o locutor Pedro Luís na entrega do Troféu Roquette Pinto

Revista Radiolândia n. 348, março de 1961

O OUTRO “EU” DE CELLY

Cada um tem, dentro de si, um outro ser, o suficiente daquele que usamos normalmente, com a única finalidade de discordar e com suas ideias próprias e reações diferentes daquelas que apresentamos normalmente.

Assim como todo mundo tem o seu outro eu, Celly Campello também tem o seu.

Até hoje, quase ninguém, ou melhor, somente uma meia dúzia de pessoas, conhece o outro eu de Celly.

Vamos, em todo caso, recordar como Celly se apresentava na televisão, no rádio, ou ainda o que sua voz transmite pelo disco: normalmente uma menina ingênua, simples, sem máscara, e que vive para seus fans. Nada disso está errado. O que surpreende é o outro eu da popular cantora: absolutamente ele não pensa como o primeiro. Não é tão ingênuo como o outro – é capaz de amar perdidamente um rapaz e esquecer-se de tudo por causa dele. Já é amadurecido bastante para pensar em se casar com esse mesmo rapaz e dedicar-lhe toda a sua vida. É egoísta a ponto de abandonar sua fulminante carreira, seus fans, em troca de uma vida pacata, inteiramente voltada para os afazeres de dona de casa e de seus possíveis futuros filhos. O eu da Celly que conhecemos tem uma voz ainda infantil, que faz pensar em coisas vãs, sem responsabilidades; em contraposição, o eu oculto é capaz de modificar essa mesma voz, proferir palavras de profundo significado e dizer a esse mesmo rapaz que o ama apaixonadamente.

Celly é conhecida como menina que não se preocupa com a vida futura, e apesar de todos saberem que é uma profissional, canta mais por prazer. Mas a outra face é bastante diferente. Guarda tudo o que ganha, pensando no próximo casamento, e quando a proposta de contratá-la para cantar uma noite em qualquer lugar não atinge a cifra de dos setenta e cinco mil cruzeiros, nega-se terminantemente a trabalhar. Celly canta pensando no que vai ganhar e como vai gastar o dinheiro mais tarde. Talvez seja a mais profissional das cantoras paulistas.

Enquanto sua primeira face apresenta sempre um sorriso simpático a qualquer um que de si se aproxime, a segunda mostra um sorriso de superioridade sobre os seus colegas menos famosos, cônscia do seu sucesso e do seu cartaz. Enfim, sabe o quanto vale.

Essas são as duas faces de Celly.

Celly na Revista Radiolândia n. 348

Celly na Revista Radiolândia n. 348

Revista Rocks News n. 7, julho de 1961

CELLY CAMPELLO: UM EXEMPLO À JUVENTUDE

Celly Campello é um exemplo magnifico à nossa juventude. Cantora de reais méritos, senhora de uma voz magnífica, possuindo uma harmoniosa disposição para a interpretação do gênero que a fez famosa, a nossa popular Celly, merecidamente, conquistou os louros de uma gloriosa carreira artística. Seus sucessos são indiscutíveis e se confirmam através da venda fabulosa de discos. Celly, além do mais, é uma cantora que se impõe pela sobriedade na apresentação de seus números, fugindo à aparência vulgar e não atingindo ao excesso do luxo. Bem por isso sua presença no vídeo é sempre esperada com alegria e com satisfação. Oriunda da família de Taubaté, Celly desde a infância mostrou pendores para a música e na oportunidade do aparecimento desse novo ritmo, adaptou-se à nova modalidade, conseguindo resultados que a colocaram, com facilidade, nos píncaros da fama. Celly é hoje um nome, na música nacional. Seus discos são sucessos garantidos. Suas gravações se renovam a cada instante, garantindo-lhe uma posição invejável no conceito geral da crítica especializada. Para seus admiradores e admiradoras, aí está Celly, em plena flor da juventude, numa "pose" toda especial para as nossas colunas.

Celly na Revista Rock’s News

Revista Música n. 5, outubro de 1976


Capa da Revista Música n. 5

Revista Sétimo Céu n. 31, julho de 1959

UM “ESTÚPIDO CUPIDO” NA VIDA DE CELLY

Interessante que o grande sucesso de Celly Campello, cantora que no momento atinge popularidade em São Paulo, é uma música de nome esquisito: “Estúpido Cupido”. É um ritmo ágil, moderno, alegre, que ganha um colorido todo especial quando interpretado pela irmã de Tony Campello, um outro cantor de grande exito.

Celly nasceu em Taubaté, não faz muito tempo (8 de junho de 1942). Quando havia uma festinha em casa de amigos ou mesmo em sua residência, fazia dupla com seu mano e daí nasceu o interesse de Mário Gennari Filho em leva-la para São Paulo, a fim de fazer uma gravação na fábrica Odeon. O convite, antes, fora feito a Tony, mas este achara melhor levar a irmãzinha e ai nasceu uma carreira promissora. “Devotion”, “O Céu mudou de Cor”, “The Secret” e “Estúpido Cupido” são os seus maiores êxitos até o momento, cumprindo Celly quase que uma tradição de família: sua mãe é pianista, o pai dedilha o violão, o mesmo fazendo seus dois irmãos.

Embora cantora – e de sucesso – ela não se preocupa em ganhar com suas atividades artísticas. “Canto por puro prazer e quando casar não penso em continuar minha carreira profissionalmente”. Enquanto isso, estuda no clássico, e seu ideal é completar o curso.

Celly na Revista Sétimo Céu n. 31

Celly na Revista Sétimo Céu n. 31

Revista do Rock Ano II n. 8, março de 1961

CELLY CAMPELLO VAI CASAR

Contrariando uma frase de um dos rocks que lhe deu fama e fortuna, - “O Cupido vê se deixa em paz meu coração...” – Celly Campello encontrou seu príncipe encantado que a levará brevemente ao altar. O casamento está previsto para maio deste ano (se não houver algum embraço devido aos compromissos artísticos de Celly). Mas Celly não abandonará a carreira que lhe trouxe tanta felicidade.[1] Continuará cantando com sua voz de adolescente, rocks que fazem vibrar seu publico mirim e juvenil. O futuro esposo de Miss Campello é o Senhor Eduardo Chacon, um jovem de Taubaté – sua cidade natal – e de largos recursos financeiros. Celly quer continuar sua carreira artística sem prejuízo de seu papel de esposa e dona de casa. Não porque ela precisará ganhar a vida como cantora, uma vez que seu noivo, como já dissemos, é rico, e poderá proporcionar à “bonequinha que canta” todo o conforto e tranquilidade, mas porque Celly é, antes de tudo, uma artista que tem um publico fabuloso ao qual não poderá dizer adeus com facilidade.

Aproxima-se o dia do casamento de Celly, e, seus fans que temem perder sua cantora favorita, podem ficar tranquilos, que Celly continuará a encantá-los com seus rocks cheios de alegria e amor.



[1] Já sabemos que isso não aconteceu.

No jardim de sua residência em Taubaté, São Paulo, Celly sorri para o futuro, sonhando com a felicidade que embala toda jovem: o casamento

Revista do Rock Ano II n. 8, abril de 1961


Celly na capa da Revista do Rock n. 8

Revista do Rock Ano II n. 22, maio de 1962

O CASAMENTO DA RAINHA DO ROCK!

Sob uma chuva de “flashes” dos fotógrafos que disputavam os melhores flagrantes, Celly Campello e seu noivo José Edwards Chacon no Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo, para receber as bênçãos do padre. O casamento da Rainha do Rock no Brasil (titulo outorgado pela REVISTA DO ROCK), ocorreu no dia 7 de maio, às 18:30, com a igreja superlotada pelos fans. Celly chorou três ou quatro vezes devido receber muita luz nos olhos e pela aglomeração de fans que quase impediram-na de entrar na Igreja, embora os cadetes fizessem um cordão de isolamento. Celly parecia bastante nervosa, enquanto que seu noivo aparentava calma.

A direção da REVISTA DO ROCK deseja aos nubentes um milhão de felicidades, e que seu lar seja um “doce lar”, com um “Estúpido Cupido” como hóspede permanente.

Celly sorridente, ao lado de seu pai, Sr. Nelson Campello

José Edwards e Celly, ouvem, atentamente, as palavras do padre. E, finalmente, os noivos disseram “sim”!

A aglomeração do público que superlotou a igreja, causou um súbito nervosismo em Celly, juntou a emoção de seus fans, ao dia mais feliz de sua vida

Celly na adolescência. Foto publicada na Revista do Rock n. 28

Revista do Rock Ano III n. 30, janeiro de 1963

CELLY VAI SER MAMÃE

A notícia é verdadeira: Celly está esperando “baby” e será mamãe muito em breve. Enquanto espera a visita da cegonha, Celly – a querida “RAINHA DO ROCK” no Brasil, cuida de seu novo repertório que será lançado num próximo LP.

Foto publicada na Revista do Rock n. 30

Carnaval de 1963

Revista do Rock, dezembro de1961


Celly e Sérgio Murillo coroados “Rainha e Rei do Rock” em 1961

Revista do Rock

Revista Radiomelodias, 1960

Revista O Cruzeiro, 26 de maio de 1962

ESTÚPIDO CUPIDO FLECHOU CELLY CAMPELLO

Texto de Orlandino Rocha

Fotos de José Pinto

Eram 19 horas. O dia era o sétimo. O mês era maio. O local era o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo. A noiva era uma beleza de noiva e cantora: Celly Campello. O noivo, o felizardo Edwards Gomes Chacon. Naquela noite Celly não cantou. Era a sua noite de chorar – de emoção. E chorou bonito ao som da Ave Maria executada ao órgão por Gennari Filho e cantada por Agnaldo Rayol.

Mais de cinco mil pessoas tomaram um “banho de lua” no sereno da igreja. Todos queriam ver a interprete de “Estupido Cupido” ser flechada pelo próprio e desfilar com seu vestido branco de casa suíça, todo trabalhado com renda valenciana.

Celly, que sempre foi pontual em seus compromissos, chegou à igreja com a pontualidade de todas as noivas: meia hora de atraso. Terminada a cerimônia, eles foram para Campos de Jordão. Escolheram um lugar poético chamado “Recanto Feliz”, onde há um chalé e uma placa que diz: “Morada do Sonho”. E a vida artística? Com um sorriso nascido em 18 de junho de 42, ela diz: “É ele quem sabe”.

O beijo


Primeiro foi a pergunta do padre. Depois o “sim” de Celly e, finalmente a foto, ou seja o beijo de Edwards. O resto foi a lua de mel em Campos de Jordão, num lugar chamado “Recanto Feliz”.

A foto

Saída triunfal

Café da manhã no dia do casamento

O noivo fotografando a noiva na manhã do casamento

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O passeio na manhã do casamento


As fotos batidas na manhã do casamento, só fazem mostrar felicidade. Numa delas, Celly, bule e aliança na mão direita, posa de Madame Chacon. Na outra, pode-se notar que o objetivo do noivo é a própria objetiva, e, finalmente, na terceira, o acaso demonstra que um é a sombra do outro.

Celly conseguiu tudo que um broto pode querer: fama, fortuna (12 milhões em discos) e, finalmente, a felicidade do casamento.