terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Revista O Cruzeiro, 26 de maio de 1962

ESTÚPIDO CUPIDO FLECHOU CELLY CAMPELLO

Texto de Orlandino Rocha

Fotos de José Pinto

Eram 19 horas. O dia era o sétimo. O mês era maio. O local era o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo. A noiva era uma beleza de noiva e cantora: Celly Campello. O noivo, o felizardo Edwards Gomes Chacon. Naquela noite Celly não cantou. Era a sua noite de chorar – de emoção. E chorou bonito ao som da Ave Maria executada ao órgão por Gennari Filho e cantada por Agnaldo Rayol.

Mais de cinco mil pessoas tomaram um “banho de lua” no sereno da igreja. Todos queriam ver a interprete de “Estupido Cupido” ser flechada pelo próprio e desfilar com seu vestido branco de casa suíça, todo trabalhado com renda valenciana.

Celly, que sempre foi pontual em seus compromissos, chegou à igreja com a pontualidade de todas as noivas: meia hora de atraso. Terminada a cerimônia, eles foram para Campos de Jordão. Escolheram um lugar poético chamado “Recanto Feliz”, onde há um chalé e uma placa que diz: “Morada do Sonho”. E a vida artística? Com um sorriso nascido em 18 de junho de 42, ela diz: “É ele quem sabe”.

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